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Exemplos de

Dos pés à cabeça

11 resultados encontrados


1. Metamorfose

da, num jornal que estava em cima da mesa e, batendo com os
e brandindo a bengala e o jornal, tentou forçar Gregor a r
a cabeça, o pai limitava-se a bater mais fortemente com os
no chão. Por trás do pai, a mãe tinha escancarado uma ja
ntão, pois ouvia-os afastarem-se, caminhando nos bicos dos
. Não era nada provável que alguém viesse visitá-lo até
omportamento, tornou a abrir a porta e entrou nos bicos dos
, como se estivesse de visita a um inválido ou a um estranh
saltar do seu refúgio debaixo do sofá e rojar-se-lhe aos
, pedindo de comer. A irmã notou imediatamente, com surpres
nota das encomendas que tenho, esses se limitam a sentar-se
mesa para o pequeno almoço. Eu que tentasse sequer fazer i
ara agora, o melhor é me levantar, porque o meu trem parte
s cinco. Olhou para o despertador, que fazia tique-taque na
mais o barulho. Mas que faria agora? O próximo trem saía
s sete; para apanhá-lo tinha de correr como um doido, as am
nto desta vez? Efetivamente, Gregor sentia-se bastante bem,
parte uma sonolência que era perfeitamente supérflua depo
depois de um tão longo sono, e sentia-se mesmo esfomeado.
medida que tudo isto lhe passava pela mente a toda a veloci
e hábito que adquirira em viagem de fechar todas as portas
chave durante a noite, mesmo em casa. A sua intenção imed
s o movimento seguinte era complicado, especialmente devido
sua invulgar largura. Precisaria de braços e mãos para er
nto da cabeça. Ao conseguir, por fim, mover a cabeça até
borda da cama, sentiu-se demasiado assustado para prossegui
sse que um repouso tão completo devolvesse todas as coisas
sua situação real e vulgar. A seguir, disse a si mesmo: A
bolar, balouçando-se para um lado e para outro -, veio-lhe
idéia como seria fácil se conseguisse ajuda. Duas pessoas
que as pernas encontrassem então a função própria. Bem,
parte o fato de todas as portas estarem fechadas à chave,
a. Bem, à parte o fato de todas as portas estarem fechadas
chave, deveria mesmo pedir auxílio? A despeito da sua infe
se a qualquer esperança irracional. A seguir, a criada foi
porta, como de costume, com o seu andar pesado e abriu-a. G
r numa firma em que a menor omissão dava imediatamente asa
maior das suspeitas! Seria que todos os empregados em bloco
a a irmã o ouvir. - Gregor - disse então o pai, do quarto
esquerda -, está aqui o chefe de escritório e quer saber
prego. Quase me zango com a mania que ele tem de nunca sair
noite; há oito dias que está em casa e não houve uma ún
uve uma única noite que não ficasse em casa. Senta-se ali
mesa, muito sossegado, a ler o jornal ou a consultar horár
perguntou impacientemente o pai de Gregor, tornando a bater
porta. - Não - disse Gregor. Na sala da esquerda seguiu-se
s pode repentinamente deitar uma pessoa abaixo. Ainda ontem
noite estava perfeitamente, os meus pais que o digam; ou, a
or mal sabia o que estava a dizer, havia chegado facilmente
cômoda, talvez devido à prática que tinha tido na cama,
a dizer, havia chegado facilmente à cômoda, talvez devido
prática que tinha tido na cama, e tentava agora erguer-se
de todas as insistências, o que diriam os outros ao vê-lo
sua frente. Se ficassem horrorizados, a responsabilidade j
o teria razão para preocupar-se, e podia realmente chegar
estação a tempo de apanhar o trem das oito, se andasse de
e pé; embora o atormentassem, deixou de ligar importância
s dores na parte inferior do corpo. Depois deixou-se cair co
cair contra as costas de uma cadeira próxima e agarrou-se
s suas bordas com as pequenas pernas. Isto devolveu-lhe o co
avia completo silêncio. Talvez os pais estivessem sentados
mesa com o chefe de escritório, a segredar, ou talvez se e
rio, a segredar, ou talvez se encontrassem todos encostados
porta, à escuta. Lentamente, Gregor empurrou a cadeira em
redar, ou talvez se encontrassem todos encostados à porta,
escuta. Lentamente, Gregor empurrou a cadeira em direção
escuta. Lentamente, Gregor empurrou a cadeira em direção
porta, após o que a largou, agarrou-se à porta para se am
ira em direção à porta, após o que a largou, agarrou-se
porta para se amparar as plantas das extremidades das peque
mandíbulas na chave com todas as forças de que dispunha.
medida que a rotação da chave progredia, ele torneava a f
soluços. Gregor não entrou na sala, mantendo-se encostado
parte interior da portada fechada, deixando apenas metade d
nterior da portada fechada, deixando apenas metade do corpo
vista, a cabeça a tombar para um e outro lado, por forma a
uer que mostre que me dá razão, pelo menos em parte! Logo
s primeiras palavras de Gregor, o chefe de escritório recua
certo o chefe de escritório, parcial como era em relação
s mulheres, acabaria se deixando levar por ela. Ela teria fe
que não interferiu, a não ser para, de quando em quando e
distância, lhe auxiliar a manobra com a ponta da bengala.
ue se parecesse com abrir a outra portada, para dar espaço
passagem de Gregor. Dominava-o a idéia fixa de fazer Grego
de começava pela primeira vez a apreciar, arrastou-se até
porta, para ver o que acontecera. Sentia todo o flanco esqu
e arrastava-se, inútil, atrás de si. Só depois de chegar
porta percebeu o que o tinha atraído para ela: o cheiro da
flanco esquerdo magoado, que o obrigava a ingerir a comida
força de sacudidelas, recorrendo a todo o corpo, não gost
rificou que tinham acendido o gás na sala de estar. Embora
quela hora o pai costumasse ler o jornal em voz alta para a
rande orgulho por ter sido capaz de proporcionar aos pais e
irmã uma tal vida numa casa tão boa. Mas que sucederia se
ta. De manhã cedo, quando todas as portas estavam fechadas
chave, todos tinham querido entrar; agora, que ele tinha ab
Não era nada provável que alguém viesse visitá-lo até
manhã seguinte, de modo que tinha tempo de sobra para medi
ua sorte e alimentando vagas esperanças, que levavam todas
mesma conclusão: devia deixar-se estar e, usando de paciê
presentes. De manhã bem cedo, Gregor teve ocasião de pôr
prova o valor das suas recentes resoluções, dado que a ir
ediatamente, com surpresa, que a tigela estava ainda cheia,
exceção de uma pequena porção de leite derramado em tom
a chave, dando-lhe a entender que podia ficar completamente
vontade. Todas as pernas de Gregor se precipitaram em dire
ade. Todas as pernas de Gregor se precipitaram em direção
comida. As feridas deviam estar completamente curadas, alé
que ele dizia, nunca lhes passara pela cabeça, nem sequer
irmã, que ele pudesse percebê-los; assim, sempre que a ir
seus santos. Mais tarde, quando se acostumou um pouco mais
situação - é claro que nunca poderia acostumar-se inteir
rar; se ele não respondia, dava a entender que podia pedir
porteira que fosse buscá-la, para que ele não se sentisse
seguinte, apesar das grandes despesas que isso acarretaria,
s quais de qualquer maneira haveria de fazer face, já que e
s pais, procuravam até evitar essas inocentes referências
questão. Gregor tomara a firme decisão de levar a idéia
lhe povoavam a mente enquanto se mantinha ereto, encostado
porta, à escuta. Por vezes, o cansaço obrigava-o a interr
vam a mente enquanto se mantinha ereto, encostado à porta,
escuta. Por vezes, o cansaço obrigava-o a interrompê-la,
a interrompê-la, limitando-se então a encostar a cabeça
porta, mas imediatamente obrigado a endireitar-se de novo,
ito não se encarregar de tais assuntos; por outro, graças
circunstância de a mãe nem sempre perceber tudo à primei
raças à circunstância de a mãe nem sempre perceber tudo
primeira - , Gregor ficou por fim a saber que um certo núm
número de investimentos, poucos, é certo, tinham escapado
ruína e tinham até aumentado ligeiramente, pois, entretan
ra qualquer emergência. Quanto ao dinheiro para fazer face
s despesas normais, havia que ganhá-lo. o pai era ainda sau
cedido, tinha engordado e tornara-se um tanto lento. Quanto
velha mãe, como poderia ganhar a vida com aquela asma, que
udo, tocar violino? A principio, sempre que ouvia menções
necessidade de ganhar dinheiro, Gregor afastava-se da porta
ra junto da janela, trepava para o peitoril e, arrimando-se
cadeira, encostava-se às vidraças, certamente obedecendo
va para o peitoril e, arrimando-se à cadeira, encostava-se
s vidraças, certamente obedecendo a qualquer reminiscência
da sensação de liberdade que sempre experimentava ao ver
janela. De fato, dia após dia, até as coisas que estavam
do outro lado da rua, que antigamente odiava por ter sempre
frente dos olhos, ficava agora bastante para além do seu a
eiramente mais cedo do que era habitual e deu com ele a ver
janela, imóvel, numa posição em que parecia um espectro.
evelou a Gregor a repulsa que o seu aspecto provocava ainda
irmã e o esforço que devia custar-lhe não desatar a corr
estas condições, decidiu um dia poupá-la a tal visão e,
custa de quatro horas de trabalho, pôs um lençol pelas co
ente uma ponta do lençol para ver qual a reação da irmã
quela nova disposição. Durante os primeiros quinze dias, o
nto, uma lia inútil. Agora, era freqüente esperarem ambos
porta, enquanto a irmã procedia à limpeza do quarto, perg
qüente esperarem ambos à porta, enquanto a irmã procedia
limpeza do quarto, perguntando-lhe logo que saía como corr
tardou em ser satisfeito. Durante o dia evitava mostrar-se
janela, por consideração para com os pais, mas os poucos
evia a pedir ajuda ao pai, estava fora de questão recorrer
criada, uma menina de dezesseis anos que havia tido a corag
edido o especial favor de manter a porta da cozinha fechada
chave e abri-la apenas quando expressamente a chamavam. Des
exclamações de ávida satisfação, que diminuíram junto
porta do quarto de Gregor. É claro que a irmã entrou prim
ter decidido afinal visitá-lo. - Entre, que ele não está
vista - disse a irmã, certamente guiando-a pela mão. Greg
ã a chamar a si a maior parte do trabalho, sem dar ouvidos
s admoestações da mãe, receosa de que a filha estivesse a
l que sucedesse o mesmo a Gregor, dado que estava habituado
mobília havia muito tempo e a sua ausência poderia fazê-
ança de que ele se cure e que o abandonamos impiedosamente
sua sorte? Acho que o melhor é deixar o quarto exatamente
qualquer ser humano, durante os dois últimos meses, aliada
monotonia da vida em família, lhe deviam ter perturbado o
o que parecia revestido de metal, e, ao levantar um pouco a
, divisou o arredondado ventre castanho dividido em duros se
a cima na cama, de modo a conseguir mexer mais facilmente a
, identificou o local da comichão, que estava rodeado de um
rair primeiro a parte superior, deslizando cuidadosamente a
para a borda da cama. Descobriu ser fácil e, apesar da sua
me, o corpo acabou por acompanhar lentamente o movimento da
. Ao conseguir, por fim, mover a cabeça até à borda da ca
ente o movimento da cabeça. Ao conseguir, por fim, mover a
até à borda da cama, sentiu-se demasiado assustado para p
ir naquela posição, só um milagre o salvaria de magoar a
. E, custasse o que custasse, não podia perder os sentidos
Caso se desequilibrasse naquela posição, podia proteger a
de qualquer pancada erguendo-a num ângulo agudo ao cair. O
da, fosse tão atormentado pela consciência que perdesse a
e ficasse realmente incapaz de levantar-se da cama? Não te
or isso muito alarmante. Simplesmente, não tinha erguido a
com cuidado suficiente e batera com ela; virou-a e esfregou
para si: Afinal, não precisei do serralheiro, e encostou a
ao puxador, para abrir completamente a porta. Como tinha de
ortada fechada, deixando apenas metade do corpo à vista, a
a tombar para um e outro lado, por forma a ver os demais. E
s, aos gritos: Socorro, por amor de Deus, socorro! Baixou a
, como se quisesse observar melhor Gregor, mas, pelo contrá
er eram compreendidos; por mais que baixasse humildemente a
, o pai limitava-se a bater mais fortemente com os pés no c
a janela, apesar do frio, e debruçava-se a ela segurando a
com as mãos. Uma rajada de vento penetrou pelas escadas, a
mão pudesse desferir-lhe uma pancada fatal no dorso ou na
. Finalmente, reconheceu que não lhe restava alternativa, p
bio! Era uma coisa que estava a pontos de fazê-lo perder a
. Quase havia completado a rotação quando o assobio o deso
eção errada. Quando, finalmente, viu a porta em frente da
, pareceu-lhe que o corpo era demasiadamente largo para pode
tia ainda mais fome que de manhã, e imediatamente enfiou a
no leite, quase mergulhando também os olhos. Depressa, a r
o um tanto comprimido e não lhe fosse possível levantar a
, lamentando apenas que o corpo fosse largo de mais para cab
e visita a um inválido ou a um estranho. Gregor estendeu a
para fora do sofá e ficou a observá-la. Notaria a irmã q
sufocação, sentia os olhos saírem um bocado para fora da
ao observar a irmã, que de nada suspeitava, varrendo não
nguém compreendia o que ele dizia, nunca lhes passara pela
, nem sequer à irmã, que ele pudesse percebê-los; assim,
rigava-o a interrompê-la, limitando-se então a encostar a
à porta, mas imediatamente obrigado a endireitar-se de nov
ar-se de novo, pois até o leve ruído que fazia ao mexer a
era audível na sala ao lado e fazia parar todas as convers
. Do outro lado da porta, Gregor acenava ansiosamente com a
, satisfeito perante aquela demonstração de inesperado esp
ubstância pegajosa das extremidades das pernas, e meteu na
a idéia de arranjar-lhe a maior porção de espaço livre
almente atirado para cima do sofá. Desta vez não deitou a
de fora para espreitar, renunciando ao prazer de ver a mãe

2. Ilha

peza pousou o balde, meteu as chaves no seio, firmou bem os
na prancha, e, redemoinhando a vassoura como se fosse um es
mbras da verga e do mastro grande vieram deitar-se-lhes aos
. É realmente bonita a nossa caravela, disse a mulher, e em
NTO DA ILHA DESCONHECIDA. José Saramago Um homem foi bater
porta do rei e disse-lhe, Dá-me um barco. A casa do rei ti
a a das petições. Como o rei passava todo o tempo sentado
porta dos obséquios (entenda-se, os obséquios que lhe faz
e lhe faziam a ele), de cada vez que ouvia alguém a chamar
porta das petições fingia-se desentendido, e só quando o
rnava, mais do que notório, escandaloso, tirando o sossego
vizinhança (as pessoas começavam a murmurar, Que rei temo
sua vez mandava o segundo, e assim por aí fora até chegar
mulher da limpeza, a qual, não tendo ninguém em quem mand
que tinha a pedir, depois instalava-se a um canto da porta,
espera de que o requerimento fizesse, de um em um, o caminh
io, este ao terceiro, sucessivamente, até chegar outra vez
mulher da limpeza, que despachava sim ou não conforme esti
de cada vez, donde resultava que, enquanto houvesse alguém
espera de resposta, nenhuma outra pessoa se poderia aproxim
a fim de expor as suas necessidades ou as suas ambições.
primeira vista, quem ficava a ganhar com este artigo do reg
descanso, para receber, contemplar e guardar os obséquios.
segunda vista, porém, o rei perdia, e muito, porque os pro
foi ter ido o rei, ao cabo de três dias, e em real pessoa,
porta das petições, para saber o que queria o intrometido
s competentes vias burocráticas. Abre a porta, disse o rei
mulher da limpeza, e ela perguntou, Toda, ou só um bocadin
çou a ouvir correr os ferrolhos, enrolou a manta e pôs-se
espera. Estes sinais de que finalmente alguém vinha atende
upada, fizeram aproximar-se da porta uns quantos aspirantes
liberalidade do trono que por ali andavam, prontos a assalt
rpresa desmedida, não só aos ditos candidatos mas também
vizinhança que, atraída pelo repentino alvoroço, assomar
izinhança que, atraída pelo repentino alvoroço, assomara
s janelas das casas, no outro lado da rua. A única pessoa q
u não tenho mais nada que fazer, mas o homem só respondeu
primeira pergunta, Dá-me um barco, disse. O assombro deixo
ar de linha e agulha, pois, além da limpeza, tinha também
sua responsabilidade alguns, trabalhos menores de costura n
rível comodidade, na cadeira da mulher da limpeza, Para ir
procura da ilha desconhecida, respondeu o homem, Que ilha d
onhecidas, E que ilha desconhecida é essa de que queres ir
procura, Se eu to pudesse dizer, então não seria desconhe
les, és nada, e que eles, sem ti, poderão sempre navegar,
s minhas ordens, com os meus pilotos e os meus marinheiros,
a palavra, pronunciada com tranquila firmeza, os aspirantes
porta das petições, em quem, minuto após minuto, desde o
lhe o barco, dá-lhe o barco. O rei abriu a boca para dizer
mulher da limpeza que chamasse a guarda do palácio a vir r
que distintamente se ouviu foi o dito seguinte do rei, Vais
doca, perguntas lá pelo capitão do porto, dizes-lhe que t
tudo igual. Andando, andando, o homem chegou ao porto, foi
doca, perguntou pelo capitão, e enquanto ele não chegava
tão-pouco poderia ser ele tão pequeno que resistisse mal
s forças do vento e aos rigores do mar, o rei também havia
rguntou, Poderás dizer-me para que queres o barco, Para ir
procura da ilha desconhecida, Já não há ilhas desconheci
nto não desembarcarmos nelas, Mas tu, se bem entendi, vais
procura de uma onde nunca ninguém tenha desembarcado, Sab
embarcado, Sabê-lo-ei quando lá chegar, Se chegares, Sim,
s vezes naufraga-se pelo caminho, mas, se tal me viesse a ac
ita experiência, ainda do tempo em que toda a gente andava
procura de ilhas desconhecidas, Qual é ele, Julgo até que
inda com ovos, e uns poucos com gaivotinhos de bico aberto,
espera da comida, Pois sim, mas o melhor é mudarem-se daqu
ha sozinho e cabisbaixo. A mulher da limpeza foi esperá-lo
prancha, mas antes que ela abrisse a boca para se inteirar
barcos de carreira para se meterem em aventuras oceânicas,
procura de um impossível, como se ainda estivéssemos no t
ão lhe encontro nada, É uma ilusão tua, também as ilhas
s vezes parece que flutuam sobre as águas, e não é verdad
a viver aqui, eu oferecia-me para lavar os barcos que vêm
doca, e tu, E eu, Tens com certeza um mester, um ofício, u
e ao pé de mim, a ver-me passajar as peúgas dos pajens, e
s vezes dava-lhe para filosofar, dizia que todo o homem é u
ir dizer ao rei que já não a quero, Perdes o ânimo logo
primeira contrariedade, A primeira contrariedade foi estar
primeira contrariedade, A primeira contrariedade foi estar
espera do rei três dias, e não desisti, Se não encontrar
ita, pensou o homem, que desta vez não estava a referir-se
caravela. A mulher, essa, não pensou nada, devia ter pensa
uando a porta para ver se aquele ainda continuava lá fora,
espera. Não sobrou migalha de pão ou de queijo, nem gota
ar de estarem no interior da doca, a água ondulou um pouco
passagem do paquete, e o homem disse, Mas baloiçaremos mui
em disse, Sim, e foi então que se levantaram, que desceram
coberta, aí a mulher disse, Até amanhã, eu vou para este
o lá estiver em baixo, deitado no seu beliche, vir-lhe-ão
ideia outras frases, mais espirituosas, sobretudo mais insi
teria tardado a entrar no sono, depois imaginou que andava
procura dela e não a encontrava em nenhum sítio, que esta
e elas estão juntas, reúne-as, e quase não se vêem uma
outra, a mulher dorme a poucos metros e ele não soube como
nto ele manejava a roda do leme e a tripulação descansava
sombra. Não percebia como podiam ali estar os marinheiros
o e na cidade se tinham recusado a embarcar com ele para ir
procura da ilha desconhecida, provavelmente arrependeram-se
le bem sabe, embora também não saiba como o sabe, que ela
última hora não quis vir, que saltou para o cais, dizendo
de, em lugar de vir atrapalhar-me a navegação, Andávamos
procura de um sítio melhor para viver e resolvemos aprovei
Então, por si mesma, a caravela virou a proa em direcção
terra, entrou no porto e foi encostar à muralha da doca, P
proa em direcção à terra, entrou no porto e foi encostar
muralha da doca, Podeis ir-vos, disse o homem do leme, acto
ida antes, mas há sempre uma vez. O homem do leme assistiu
debandada em silêncio, não fez nada para reter os que o a
huva para que seja um bom ano agrícola. Desde que a viagem
ilha desconhecida começou que não se vê o homem do leme
deviam estar escondidos por aí e de repente decidiram sair
luz, talvez porque a seara já esteja madura e é preciso c
que viu uma sombra ao lado da sua sombra. Acordou abraçado
mulher da limpeza, e ela a ele, confundidos os corpos, conf
e do outro, em letras brancas, o nome que ainda faltava dar
caravela. Pela hora do meio-dia, com a maré, A Ilha Descon
-dia, com a maré, A Ilha Desconhecida fez-se enfim ao mar,
procura de si mesma.
a tal coisa havia sucedido desde que ele andava de coroa na
) causou uma surpresa desmedida, não só aos ditos candidat
ia se as coisas lhe correrem mal. Quando o homem levantou a
, supõe-se que desta vez é que iria agradecer a dádiva, j
cida é coisa que não existe, não passa duma ideia da tua
, os geógrafos do rei foram ver nos mapas e declararam que

3. Igreja

Senhor. - Olhai bem. Muitos corpos que ajoelham aos vossos
, nos templos do mundo, trazem as anquinhas da sala e da rua
io contra breviário. Terei a minha missa, com vinho e pão
farta, as minhas prédicas, bulas, novenas e todo o demais
ecém-chegado, detiveram-no logo, e o Diabo deixou-se estar
entrada com os olhos no Senhor. - Que me queres tu? pergunt
e um mestre vencido, e uma tal exigência... Senhor, desço
terra; vou lançar a minha pedra fundamental. - Vai - Quere
otas, ou moedas, ou quaisquer dessas matérias necessárias
vida... Mas não quero parecer que me detenho em coisas mi
podia ser na boca de um espírito de negação. Isso quanto
substância, porque, acerca da forma, era umas vezes sutil,
aos seus com o fruto das mais belas cepas do mundo. Quanto
inveja, pregou friamente que era a virtude principal, orige
es físicas, terão um privilégio que se nega ao caráter,
porção moral do homem? Demonstrando assim o princípio, o
e ordem temporal ou pecuniária; depois, mostrou ainda que,
vista do preconceito social, conviria dissimular o exercíc
ana. Com efeito, o amor do próximo era um obstáculo grave
nova instituição. Ele mostrou que essa regra era uma simp
iferença; em alguns casos, ódio ou desprezo. Chegou mesmo
demonstração de que a noção de próximo era errada, e c
chassem que uma tal explicação, por metafísica, escapava
compreensão das turbas, o Diabo recorreu a um apólogo: -
a de algodão, uma vez puxadas pela franja, deitavam a capa
s urtigas e vinham alistar-se na igreja nova. Atrás foram c
ngos anos depois, notou o Diabo que muitos dos seus fiéis,
s escondidas, praticavam as antigas virtudes. Não as pratic
, nem integralmente, mas algumas, por partes, e, como digo,
s ocultas. Certos glutões recolhiam-se a comer frugalmente
em dias de preceito católico; muitos avaros davam esmolas,
noite, ou nas ruas mal povoadas; vários dilapidadores do e
u um perfeito ladrão de camelos, que tapava a cara para ir
s mesquitas. O Diabo deu com ele à entrada de uma, lançou-
ue tapava a cara para ir às mesquitas. O Diabo deu com ele
entrada de uma, lançou-lhe em rosto o procedimento; ele ne
ali roubar o camelo de um drogomano; roubou-o, com efeito,
vista do Diabo e foi dá-lo de presente a um muezim, que re
; há só um de negar tudo. Dizendo isto, o Diabo sacudiu a
e estendeu os braços, com um gesto magnífico e varonil. E

4. Barca

vantai a espada! Talho largo, e um revés! E logo colher os
, que todo o al no é nada! Quando o recolher se tarda o fer
começa o Arrais do Inferno ante que o Fidalgo venha. DIABO
barca, à barca, houlá! que temos gentil maré! - Ora venh
Arrais do Inferno ante que o Fidalgo venha. DIABO À barca,
barca, houlá! que temos gentil maré! - Ora venha o carro
ele palanco e despeja aquele banco, pera a gente que virá.
barca, à barca, hu-u! Asinha, que se quer ir! Oh, que temp
o e despeja aquele banco, pera a gente que virá. À barca,
barca, hu-u! Asinha, que se quer ir! Oh, que tempo de parti
m lá por ti?!... Embarca - ou embarcai... que haveis de ir
derradeira! Mandai meter a cadeira, que assi passou vosso p
achar-vos-eis tanto menos quanto mais fostes fumoso. DIABO
barca, à barca, senhores! Oh! que maré tão de prata! Um
-eis tanto menos quanto mais fostes fumoso. DIABO À barca,
barca, senhores! Oh! que maré tão de prata! Um ventozinho
vos serviremos. FIDALGO Esperar-me-ês vós aqui, tornarei
outra vida ver minha dama querida que se quer matar por mi.
lores, com tais modos de lavores, que estará fora de si...
barca, à barca, boa gente, que queremos dar à vela! Chega
tais modos de lavores, que estará fora de si... À barca,
barca, boa gente, que queremos dar à vela! Chegar ela! Che
ra de si... À barca, à barca, boa gente, que queremos dar
vela! Chegar ela! Chegar ela! Muitos e de boamente! Oh! que
O Dix! Nom vou eu tal barca. Estoutra tem avantagem. Vai-se
barca do Anjo, e diz: Hou da barca! Houlá! Hou! Haveis log
zena, como és fea e filha de maldição! Torna o Onzeneiro
barca do Inferno e diz: ONZENEIRO Houlá! Hou! Demo barquei
que te caiu! Hiu! Hiu! Lanço-te üa pulha! Dê-dê! Pica n
quela! Hump! Hump! Caga na vela! Hio, cabeça de grulha! Per
da satisfação? SAPATEIRO Ah! Nom praza ò cordovão, nem
puta da badana, se é esta boa traquitana em que se vê Jan
ue se vê Jan Antão! Ora juro a Deus que é graça! Vai-se
barca do Anjo, e diz: Hou da santa caravela, poderês levar
O Escrito estás no caderno das ementas infernais. Torna-se
barca dos danados, e diz: SAPATEIRO Hou barqueiros! Que agu
iros! Que aguardais? Vamos, venha a prancha logo e levai-me
quele fogo! Não nos detenhamos mais! Vem um Frade com üa M
i-de ser condenado?!... Um padre tão namorado e tanto dado
virtude? Assi Deus me dê saúde, que eu estou maravilhado!
sia! Tornou a tomar a Moça pela mão, dizendo: FRADE Vamos
barca da Glória! Começou o Frade a fazer o tordião e for
amá! Furtaste esse trinchão, frade? FRADE Senhora, dá-me
vontade que este feito mal está. Vamos onde havemos d'ir!
eio üa Alcoviteira, per nome Brízida Vaz, a qual chegando
barca infernal, diz desta maneira: BRÍZIDA Hou lá da barc
sas moças que vendia. Daquestra mercadoria trago eu muita,
bofé! DIABO Ora ponde aqui o pé... BRÍZIDA Hui! E eu vou
toutra barca, cá fundo, me vou, que é mais real. Chegando
Barca da Glória diz ao Anjo: Barqueiro mano, meus olhos, p
o eu: todas salvas polo meu que nenhüa se perdeu. E prouve
quele do Céu que todas acharam dono. Cuidais que dormia eu
i, pois não me há-de aproveitar!... Torna-se Brízida Vaz
Barca do Inferno, dizendo: BRÍZIDA Hou barqueiros da má-h
nto que Brízida Vaz se embarcou, veo um Judeu, com um bode
s costas; e, chegando ao batel dos danados, diz: JUDEU Que v
perta o salvador, e mija na caravela! DIABO Sus, sus! Demos
vela! Vós, Judeu, irês à toa, que sois mui ruim pessoa.
caravela! DIABO Sus, sus! Demos à vela! Vós, Judeu, irês
toa, que sois mui ruim pessoa. Levai o cabrão na trela! Ve
trela! Vem um Corregedor, carregado de feitos, e, chegando
barca do Inferno, com sua vara na mão, diz: CORREGEDOR Hou
ai o batel? DIABO No Inferno vos poeremos. CORREGEDOR Como?
terra dos demos há-de ir um corregedor? DIABO Santo descor
OR Confessaste-vos, doutor? PROCURADOR Bacharel som. Dou-me
Demo! Não cuidei que era extremo, nem de morte minha dor.
ede, juiz d'alçada: vem lá Pêro de Lixboa? Levá-lo-emos
toa e irá nesta barcada. Vem um homem que morreu Enforcado
salteiro e o pregão vitatório; e que era mui notório que
queles deciprinados eram horas dos finados e missas de São
cantavam, quanto a palavra dela, é a seguinte: CAVALEIROS
barca, à barca segura, barca bem guarnecida, à barca, à
quanto a palavra dela, é a seguinte: CAVALEIROS À barca,
barca segura, barca bem guarnecida, à barca, à barca da v
CAVALEIROS À barca, à barca segura, barca bem guarnecida,
barca, à barca da vida! Senhores que trabalhais pola vida
À barca, à barca segura, barca bem guarnecida, à barca,
barca da vida! Senhores que trabalhais pola vida transitór
itória, memória , por Deus, memória deste temeroso cais!
barca, à barca, mortais, Barca bem guarnecida, à barca,
emória , por Deus, memória deste temeroso cais! À barca,
barca, mortais, Barca bem guarnecida, à barca, à barca da
so cais! À barca, à barca, mortais, Barca bem guarnecida,
barca, à barca da vida! Vigiai-vos, pecadores, que, depois
barca, à barca, mortais, Barca bem guarnecida, à barca,
barca da vida! Vigiai-vos, pecadores, que, depois da sepult
epultura, neste rio está a ventura de prazeres ou dolores!
barca, à barca, senhores, barca mui nobrecida, à barca,
neste rio está a ventura de prazeres ou dolores! À barca,
barca, senhores, barca mui nobrecida, à barca, à barca da
dolores! À barca, à barca, senhores, barca mui nobrecida,
barca, à barca da vida! E passando per diante da proa do b
barca, à barca, senhores, barca mui nobrecida, à barca,
barca da vida! E passando per diante da proa do batel dos d
essa! Tornaram a prosseguir, cantando, seu caminho direito
barca da Glória, e, tanto que chegam, diz o Anjo: ANJO Ó
lha! Dê-dê! Pica nàquela! Hump! Hump! Caga na vela! Hio,
de grulha! Perna de cigarra velha, caganita de coelha, pelo
re marido, haveis de ser cá pingado... Descobriu o Frade a
, tirando o capelo; e apareceu o casco, e diz o Frade: FRADE


5. Taverna

não! Desde que eu próprio calquei aquela mulher com meus
na sua cova de terra, eu vô-lo juro — guardei-lhe como a
uando passei, uma voz chamou-me. Entrei. — Ângela com os
nus, o vestido solto, o cabelo desgrenhado e os olhos arden
scosidas arrastava um homem, mas cada vaga que me rugia aos
parecia respeitar-me. Era um Oceano como aquele de fogo, on
ebre e de ânsia, o homem ajoelhou-se, chorou, gemeu a meus
... — Olhai, dizia o miserável, esperemos até amanhã...
o posso, estou de esperanças... Um raio que me caísse aos
não me assustaria tanto. — E preciso que cases comigo, q
nas lájeas do corredor estalavam umas passadas tímidas de
nus Era Nauza que tudo vira c tudo ouvira, que se acordara
e abria num trilho: à esquerda as pedras soltas por nossos
a cada passada se despegavam e rolavam pelo despenhadeiro e
nha rido à minha agonia e eu havia ir chorar-lhe ainda aos
para ele repelir-me ainda, cuspir-me nas faces, e amanhã p
muito esperar em vão e que se ela viria, como Gulnare aos
do Corsário, a ele cabia ir ter com ela. Uma noite tudo do
. É um requintar de gozo blasfemo que mescla o sacrilégio
convulsão do amor, o beijo lascivo à embriaguez da crenç
mescla o sacrilégio à convulsão do amor, o beijo lascivo
embriaguez da crença! — Era em Roma. Uma noite a lua ia
A face daquela mulher era como a de uma estátua pálida
lua. Pelas faces dela, como gotas de uma taça caída, rola
adas junto a uma cruz. O frio da noite, aquele sono dormido
chuva, causaram-me uma febre. No meu delírio passava e rep
ida no leito dela a condessa Bárbara. Dei um último olhar
quela forma nua e adormecida com a febre nas faces e a lasc
quela vigília. A madrugada passava já frouxa nas janelas.
quele calor de meu peito, à febre de meus lábios, à convu
passava já frouxa nas janelas. Àquele calor de meu peito,
febre de meus lábios, à convulsão de meu amor, a donzela
elas. Àquele calor de meu peito, à febre de meus lábios,
convulsão de meu amor, a donzela pálida parecia reanimar-
duelos com meus três melhores amigos, abrir três túmulos
queles que mais me amavam na vida — e depois, depois senti
Senhores! aí temos vinho de Espanha, enchei os copos: —
saúde das Espanholas!... . . . . . . . . . . . . . . . . .
em pisaram-me ao passar e partiram-me a cabeça de encontro
lájea. Acudiram-me desse palácio. Depois amaram-me: a fam
alto mar, esposado, como os Doges de Veneza ao Adriático,
sua garrida corveta — entre aquele homem pois e aquela ma
or de homem como palpita o peito que longas noites abriu-se
s luas do oceano solitário, que adormeceu pensando nela ao
não dormia, virou de bordo: os navios ficaram lado a lado.
descarga do navio de guerra o pirata estremeceu como se qui
ntiu-se uma fumaça que subia do porão. O pirata dera fogo
s pólvoras... Apenas a corveta por uma manobra atrevida pô
r o que é a borrasca!... fora mister vê-la de uma jangada
luz da tempestade, às blasfêmias dos que não crêem e ma
... fora mister vê-la de uma jangada à luz da tempestade,
s blasfêmias dos que não crêem e maldizem, às lágrimas
tempestade, às blasfêmias dos que não crêem e maldizem,
s lágrimas dos que esperam e desesperam, aos soluços dos q
, as aves do mar já baixavam para partilhar minha presa; e
s minhas noites fastientas uma sombra vinha reclamar sua ra
belos castanhos e olhos azulados; sua tez era branca, e só
s vezes, quando o pejo a incendia, duas rosas lhe avermelhav
s solitário. O velho parou. Era na fralda de uma montanha.
direita o rochedo se abria num trilho: à esquerda as pedra
de uma montanha. À direita o rochedo se abria num trilho:
esquerda as pedras soltas por nossos pés a cada passada se
o caminho tortuoso que seguíamos. O velho lançou os olhos
escuridão do abismo e se riu. — Espera-me aí, disse ele
a e seguiu para o cume da montanha: eu sentei-me no caminho
sua espera: vi aquela luz ora perder-se, ora reaparecer ent
z — um miserável que ele erguera da poeira, como o vento
s vezes ergue uma folha, mas que ele podia reduzir a ela qua
hiena tem fome de cadáver… Eu estava ali pendente junto
morte. Tinha só a escolher o suicídio ou ser assassinado.
ingança e de soberba. Ele quisera matar-me, ele tinha rido
minha agonia e eu havia ir chorar-lhe ainda aos pés para e
ele. Sabei-las... essas minhas nuvens do passado, leste-lo
farta o livro desbotado de minha existência libertina. Se
colo ressaltando nas roupas de amazona: víssei-la assim e,
fé, senhores, que não havíeis rir de escárnio como ride
oesia! murmurou Bertram. — Poesia! por que pronunciar-lho
virgem casta o nome santo como um mistério, no lodo escuro
á estava uma mulher, bela como tudo quanto passa mais puro
concepção do estatuário. Essa mulher era a duquesa Eleon
s queimadas pelo mormaço do sol da vida, a nós sobre cuja
a velhice regelou os cabelos, essas crenças frias? A nós
toast de respeito! — Quero que todos se levantem, e com a
descoberta digam-no: Ao Deus Pã da natureza, aquele que a
ores! entre uma saúde e uma baforada de fumaça, quando as
s queimam e os cotovelos se estendem na toalha molhada de vi
hibald? falou um moço pálido que a esse reclamo erguera a
amarelenta. Pois bem, dir-vos-ei uma historia. Mas quanto a
Não sei se a noite era límpida ou negra; sei apenas que a
me escaldava de embriaguez. As taças tinham ficado vazias
a de Maria Stuart degolada e o algoz, "do cadáver sem
e o homem sem coração" como a conta Brantôme? — F
ilde Harold, I. Byron Um outro conviva se levantou. Era uma
ruiva, uma tez branca, uma daquelas criaturas fleumáticas
ito e agradeceu a Deus ainda ver-me, pôs as mãos na minha
, banhou-me a fronte de lágrimas — eram as últimas — d
ssar-lhe a mão senti-a banhada de umidade: além senti uma
fria como neve e molhada de um líquido espesso e meio coag
valos de uma carruagem pisaram-me ao passar e partiram-me a
de encontro à lájea. Acudiram-me desse palácio. Depois a
e-me pela protuberância dessa fronte, e pelas bossas dessa
quem podia ser esse homem? — Talvez um poeta... talvez um
uz. Godofredo Walsh era um desses velhos sublimes, em cujas
s as cãs semelham o diadema prateado do gênio. Velho já,
jei-a. Ela deixou sua mão nos meus lábios. Quando ergui a
, eu a vi: ela estava debulhada em lágrimas. — Nauza! Nau
me quando ele me tinha abatido! Os cabelos me arrepiaram na
, e suor frio me rolava pelo rosto. Quando cheguei a casa do
arecia sê-lo... Ergui os cabelos da mulher, levantei-lhe a
... — Era Nauza!... mas Nauza cadáver, já desbotada pela
i uma ponta da capa do outro: o corpo caiu de bruços com a
para baixo; ressoou no pavimento o estalo do crânio... —
disse entre uma fumaça e uma gargalhada Johann erguendo a
da mesa. — Pois bem! quereis um historia? Eu pudera conta
rto agitou-se: um homem aí estava parado, absorto. Tinha a
tão quente e febril e ele a repousava no portal. A fraquez

6. Gauchismo

m sela a toda velocidade, na forma como montam colocando os
descalços no joelho do cavalo; a provação dos ventos da
vida com liberdade tão incomparável. O gado chimarrão é
base da alimentação e origem de produtos que serão comer
aúcho nas boleadeiras e principalmente no cavalo. Menciona
exaustão com preciosas descrições a habilidade do gaúch
suas certezas sobre suas origens, como comportar-se frente
adversidade e planejar o futuro. Este é o sentido de conhe
gir (somando Rio Grande, Uruguai e Argentina) 40.000.000 de
s, sedimenta esta cultura. Agora haverá gado solto e sem do
ueanos (que conhecem a região como um mapa impresso em sua
nos seus mais mínimos detalhes) e guiam viajantes e exérc

7. Dos pés à cabeça

Amanda é linda ‎
.

8. Caroara

após um esforço físico excessivo, a pessoa fica tremendo ‎
.


9. Dos pés à cabeça

Gustavo se molhou ‎
.

10. Jandaia-coquinho

r do ventre é verde amarelado e o seu o bico é preto e os
são cinzas. Não apresentam dimorfismo sexual, ou seja, os
sementes encontradas nas frutas do que suas polpas e usa os
para segurar o alimento fazendo uma pequena incisão com o
o. A exposição direta ao vento e a friagem é prejudicial
saúde do animal por isso é necessário construir viveiros
é cinza em pássaros mais juvenis e sua parte de trás da
e da nuca são azuis, a cor do ventre é verde amarelado e
carretar sua morte, pois eles não conseguiram levantar sua
e consequentemente a mãe não conseguirá alimenta-los. En

11. Terçã

e tive nas mãos a resposta de Salomón Toledano, eu tremia ‎
, parecia atacado de febre terçã. (Trecho extraído do liv